segunda-feira, 5 de abril de 2010

Sou quem sou, porque sou...

Sou quem sou, porque sou... Meu nome é Pablo Uale de Carvalho Silva, morador de uma pequena cidade do interior: Caetité; gosto de ler best-sellers e alguns livros épicos, de guerra e de romance (exceções), gosto bastante de assistir filmes e curtir com a galera, gosto de ir para escola, só não posso afirmar que gosto de estudar, apesar de falarem que eu passo o tempo todo livre estudando (até parece). Tenho 14 anos! Quem é que na minha idade gosta de fazer atividades escolares (exceções 2), estudo no Centro Integrado de Ensino de Caetité e curso a 1ª série do Ensino Médio e isso é tudo, ou quase tudo!

O livro “Auto da Barca do Inferno” retrata do paralelo entre o céu e o inferno, sua linguagem é bastante complicada, por ter sido representada pela primeira vez no ano de 1517, século XVI e ainda ser em forma de poema, daí você tira como o livro é velho, o Brasil tinha sido acabado de ser descoberto e anos depois nós temos que lê-lo, mas fala de assunto bem legal de ser discutido, o bem o mal, o céu e o inferno ou como acha melhor chamá-los, que no caso é algo concreto, mas que representa uma realidade abstrata, o livro tira um pouco do estereótipo de purgatório e Deus ser quem vai nos julgar lá no céu, não que todos pensam dessa forma. O livro mostra uma visão critica perante a sociedade daquele tempo, em vista de abrir os olhos das pessoas daquela época e as fazer pensar se de fato será assim, e no cais onde fica o anjo e o diabo com seus barcos há um tipo de julgamento onde só o anjo absolve. O primeiro personagem que chega é um fidalgo acompanhado por um pajem que leva a calda da roupa do Fidalgo e também uma cadeira, para seu encosto. O diabo disse que aquela barca com certeza era ideal para ele, devido a sua impertinência. O fidalgo tenta achar outra barca, no caso a do céu, mas o anjo não deixa ele entrar porque não tinha espaço para seu mal caráter então o fidalgo embarca na barca do inferno e o diabo despensa o pajem e fala que ainda não é sua hora, e assim se segue a história, com os personagens levando coisas que vai ajudara ser julgado melhor. Logo a seguir, veio um agiota que questionou ao Diabo, para onde ele iria conduzir aquela barca. O Diabo querendo conduzi-lo a sua barca, perguntou por que ele tinha demorado tanto, e o Agiota afirmou que havia sido devido ao dinheiro que ele queria ganhar, mas que foi por causa dele que ele havia morrido e que não sobrou nem um pouco para pagar ao barqueiro. O Agiota não quis entrar na barca do Diabo, então resolveu dirigir-se à barca do céu. Chegando até a barca divina, ele pergunta ao Anjo se ele poderia embarcar, mas o Anjo afirmou que por ele, o Agiota não entraria em sua barca, por ter roubado muito e por ser ganancioso. Mais uma alma se aproxima desta vez era um Parvo, um homem tolo que perguntou se aquela barca era a barca dos tolos. O Diabo afirmou que era a barca dos tolos e que ele deveria entrar, mas o Parvo ficou reclamando que morreu na hora errada e o Diabo perguntou do que ele havia morrido, e o Parvo sendo muito sutil respondeu que havia sido de caganeira. O Parvo ao saber aonde aquela barca iria, começou a insultar o Diabo e foi tentar embarcar na barca divina. O Anjo falou que se ele quisesse, poderia entrar, pois ele não havia feito nada de mal em sua vida, mas disse para esperar para ver se tinha mais alguém que merecia entrar na barca divina. O sapateiro tenta enrolar o Diabo, dizendo que ali ele não entraria, pois ele sempre se confessava, mas o Diabo joga toda a verdade na sua cara e o manda entrar logo em sua barca. O sapateiro tenta lhe dizer todas as feitorias que havia feito, na tentativa de conseguir entrar no batel do céu, mas o Anjo lhe diz que a "carga" que ele trazia não entraria em sua barca e que o batel do Inferno era perfeito para ele. Chega um Frade, junto de uma moça O Diabo perguntou se a moça que ele trazia era dele e se no convento não censuravam tal tipo de coisa. O Frade por sua vez diz que todo no convento são tão pecadores como ele e aproveitou para perguntar para onde aquela barca iria. Ao saber para onde iria, ficou inconformado. O Frade resolve puxar a moça para irem ao batel do Céu, mas lá se encontram com o Parvo, que pergunta se ele havia roubado aquela espada que ele carregava. O Frade completamente arrasado, finalmente se convence que seu destino é o inferno. Em seguida a Alcoviteira Brísida Vaz (cafetina e bruxa), o judeu, o Corregedor (juiz), o Procurador (promotor) e o enforcado são todos condenados ao inferno por seus pecados, que achavam pouco ou compensados por visitas a Igreja e esmolas Um a um eles aproximam-se do Diabo, carregando o que na vida lhes pesou. Perguntam para onde vai à barca; ao saber que vai para o inferno ficam horrorizados e se dizem merecedores do Céu. Aproximam-se então do Anjo que os condena ao inferno por seus pecados. Apenas o Parvo é absolvido pelo Anjo. E a quatro cavaleiros que sequer são acusados, pois deram a vida pela Igreja. A Brísida Vaz é um misto de alcoviteira e feiticeira. Por sua devassidão e falta de escrúpulos, é condenada. O Judeu entra acompanhado de seu bode. Deplorado por todos, até mesmo pelo Diabo que quase se recusa a levá-lo, é igualmente condenado, inclusive por não seguir os preceitos religiosos da fé cristã. Bom lembrar que, durante o reinado de D. Manuel, houve uma perseguição aos judeus visando à sua expulsão do território português; alguns se foram, carregando grandes fortunas; outros se converteram ao cristianismo, sendo tachados cristãos novos. O corregedor e o procurador ambos representantes do judiciário. Juiz e advogado deviam ser exemplos de bom comportamento e acabam sendo condenados justamente por serem tão imorais quanto os mais imorais dos mortais, manipulando a justiça de acordo com as propinas recebidas. O enforcado chega ao batel, acredita ter o perdão garantido: seu julgamento terreno e posterior condenação à morte o teriam redimido de seus pecados, mas é condenado também a ir para o Inferno. E por fim os cavaleiros que são todos julgados e perdoados. Lembrando que cada um dos personagens focalizados adentra a morte com seus instrumentos terrenos, são venais, inconscientes e por causa de seus pecados não atingem a Glória, a salvação eterna. Destaque deve ser feito à figura do Diabo, personagem vigorosa que conhece a arte de persuadir, é ágil no ataque, zomba, retruca, argumenta e penetra nas consciências humanas. Ao Diabo cabe denunciar os vícios e as fraquezas, sendo o personagem mais importante na crítica que Gil Vicente tece de sua época. E é o que acontece hoje o diabo tenta persuadir aqueles não dignos de adentrar no reino de Deus.

Um comentário:

  1. Que maneiro amei esse blog ( até parece ) brincadeira, ficou massa as postagens e tudo mais muito legal!
    pablo uale

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