segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quanto mais se lê, mais sábio você fica !

Nome: Carolina Alves de Carvalho.
Idade: 15 anos.
Cidade: Caetité-BAHIA.
Escola: CIEC-Centro Integrado de Ensino de Caetité.
Série: 1ª Ensino-Médio.


Texto Introdutório
(O Auto da Barca do Inferno)


O Auto da Barca do Inferno é uma complexa alegoria dramática de Gil Vicente, representada pela primeira vez em 1517. É a primeira parte da chamada trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são respectivamente o Auto da Barca do Purgatório e o Auto da Barca da Glória). Os especialistas classificam-na como moralidade, mesmo que muitas vezes se aproxime da farsa. Ela proporciona uma amostra do que era a sociedade lisboeta das décadas iniciais do século XVI, embora alguns dos assuntos que cobre sejam pertinentes na atualidade. Diz-se "Barca do Inferno", porque quase todos os candidatos às duas barcas em cena – a do Inferno, com o seu Diabo, e a da Glória, com o Anjo – seguem na primeira. De fato, contudo, ela é muito mais o auto do julgamento das almas.
A peça inicia-se num porto imaginário, onde se encontram as duas barcas, a Barca do Inferno, cuja tripulação é o Diabo e o seu Companheiro, e a Barca da Glória, tendo como tripulação um Anjo na proa.
Apresentam-se a julgamento as seguintes personagens:

• um Fidalgo;
• um Onzeneiro (homem que vivia de emprestar dinheiro a juros muito elevados naquela época, um agiota);
• um Sapateiro de nome Joanantão, que parece ser abastado, talvez dono de oficina;
• Joane, um Parvo, tolo, vivia simples e inconscientemente;
• um Frade cortesão, Frei Babriel, com a sua "dama" Florença;
• Brísida Vaz, uma alcoviteira;
• um Judeu usurário chamado Semifará;
• um Corregedor e um Procurador, altos funcionários da Justiça;
• um Enforcado;
• quatro Cavaleiros que morreram a combater pela fé.

Cada personagem discute com o Diabo e com o Anjo para qual das barcas entrará. No final, só os Quatro Cavaleiros e o Parvo entram na Barca da Glória (embora este último permaneça toda a ação no cais, numa espécie de Purgatório), todos os outros rumam ao Inferno. O Parvo fica no cais, o que nos transmite a ideia de que era uma pessoa bastante simples e humilde, mas que havia pecado. O principal objetivo pelo qual fica no cais é para animar a cena e ajudar o Anjo a julgar as restantes personagens, é como que uma 2ª voz de Gil Vicente. A presença ou ausência do Parvo no Purgatório aquando do fim da peça acaba por ser pouco explícita, uma vez que esta acaba com a entrada dos Cavaleiros na barca do Anjo sem que existissem quaisquer outros comentários do Anjo ou do Parvo sobre o seu destino final.

Gil Vicente


Gil Vicente nasceu no reinado de D.Afonso V, presenciou os reinados de D.João II e D. Manuel I e morreu em meados do reinado de D.João III. Não são conhecidas as datas de seu nascimento e de sua morte, mas, provalvelmente, nasceu em torno de 1465 e deve ter morrido entre 1536 e 1540, pois a última notícia que temos dele ocorre naquela data (1536: encenação de sua última peça, Floresta de Enganos; sua primeira peça, o Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação, fora encenada em 1502). A identificação do poeta com um importante ourives (o “Mestre da Balança” ), seu contemporâneo e homônimo, é problemática, seja porque faltam informações conclusivas a respeito, seja porque os artesãos em geral são tratados no teatro vicentino com muito pouca simpatia (como se vê no caso do Sapateiro do Auto da Barca do Inferno).

Minha Opinião sobre o livro

O livro é legal, meio complicado de se entender, mas embora a linguagem dramática que ele transmite seja densa, é fácil de se imaginar toda a história. Um purgatório onde existe Diabo e Anjo, um lado ruim e outro bom. E duas barcas, a do “mau” e a do “bem”. O livro é importante, pois mostra um lado que outros romances não mostram, o lado imaginário e do que muita gente acredita ou não. È interessante, para quem quer acreditar e imaginar como tudo isso seria, se fosse verdade.
O livro é contado de uma maneira complicada, pois é um diálogo, entre todos os personagens em suas devidas cenas. O autor do livro, quis mostrar esse lado diferente, que talvez muitos não consigam acreditar que pode existir. A maneira de escolher o caminho, para onde ir, no caso do livro, a barca para qual entrar. Uma literatura curiosa, onde você pode tirar dúvidas que talvez nunca importasse tanto, mas que ao ler, você passa a se interessar.

Quanto mais se lê, mais sábio você fica !

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